terça-feira, 29 de julho de 2008

O valor intrínseco das coisas...

Uma amiga mandou esse texto p mim e achei q seria bem apropriado para discutirmos o valor da arte dentro de determinados contextos:

"Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô. Vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.

Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino."

A iniciativa foi realizada pelo jornal The Washington Post na expectativa de lançar um debate sobre o valor da arte.

O que vc achou?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Do Outro Lado do Muro - Exposição na MiCasa

Ricardo Oliveros - p quem não sabe, meu irmão! - foi convidado pelo Houssein Jarouche da MiCasa para a curadoria de uma exposição sobre as relações entre Arte e Design, nos moldes da linha q ele utilizou na Imagética em Curitiba e na Viés na Galeria Vermelho, ou seja, investigar como as diferentes linguagens podem dialogar.

A exposição vai abrir dia 09/08 no novo espaço da MiCasa, ao lado da loja e será uma ocupação simbólica antes dela ser demolida, para dar lugar ao novo projeto que será desenvolvido pelo Marcelo Roseunbaum. Segundo Oliveros, esse é exatamente o mote da exposição: a ocupação simbólica do lugar que só vai existir por causa da exposição, este tempo da construção/desconstrução. Comecei pensando sobre artistas que na verdade retiraram do cotidiano sua experiência artística. Hoje, o que percebo é que o aspecto construtivo, seja real ou simbólico, acabou sendo o eixo principal das escolhas.

Eis a lista dos artistas que terão suas obras na exposição, que Oliveros publicou hoje no seu blog:

http://forademoda.wordpress.com

Adriana Varejão

André Komatsu

Angela Detanico + Rafael Lain

Daniel Senise

David Batchelor

Flip

Front

Gisela Motta+Leandro Lima

Henry Krokatsis

Iran Espírito Santo

Kleber Matheus

Los Carpinteros

Luiz Duva

Marcelo Cidade

Mariana Manhães

Renato De Cara

Rochelle Costi

Sang Wong Sung

Triptyque


SEMINÁRIOS SEMESTRAIS DE CURADORIA

Pessoal, esses seminários são muito interessantes...se alguém tiver a oportunidade de vir p cá vai gostar, além disso é GRATUITO!

14 de agosto de 2008

Uma conferência do curador Adriano Pedrosa dá seqüência ao projeto Seminários Semestrais de Curadoria, organizado por Lisette Lagnado, com o objetivo de construir, aos poucos, um horizonte para a teoria e prática curatorial no Brasil, dentro do âmbito acadêmico. O primeiro convidado foi Paulo Herkenhoff, que falou em março último acerca dos 10 anos da Bienal da Antropofagia (1998-2008).

A formação do curador, diferenças com a figura do historiador, o questionamento do rótulo "arte latino-americana", exposições feitas para lugares específicos e o curador como editor são os principais tópicos do próximo encontro, que ocorrerá quinta-feira, dia 14 de agosto, das 14h30 às 18h. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.

A Faculdade Santa Marcelina consolida sua atuação no desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar, que caracteriza a produção contemporânea. A etapa atual se volta para discussões abertas ao público além da comunidade docente e discente. Destaca-se, nesse contexto, a parceria com a Associação Cultural Videobrasil, na promoção da Mostra de Vídeos da Fasm.

Participantes

ADRIANO PEDROSA é formado em Direito pela UERJ. É Mestre em Artes Plásticas e Crítica de Arte pelo Califórnia Institute of the Arts (1995). Curador independente, editor e escritor. Foi co-curador da 27ª Bienal de São Paulo e Curador-adjunto da 24ª Bienal de São Paulo e editor das publicações de ambas as bienais. Curador do Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2001/2003). Curador de InSite 05, San Diego / Tijuana (2005). Integra o Júri do Prêmio Hugo Boss (Guggenheim Museum, Nova York, 2005), entre outros. Curador da 12ª. Mostra da Gravura de Curitiba, Museu da Gravura. Atualmente, é diretor artístico da Trienal Poli/Gráfica de San Juan, Porto Rico (2008).

LISETTE LAGNADO, autora de Leonilson - São Tantas as Verdades e co-editora da revista eletrônica Trópico, foi curadora-geral da 27ª Bienal de São Paulo, intitulada "Como Viver Junto". É professora no Mestrado em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina, onde dirige o Grupo de Estudos no Programa ambiental de Hélio Oiticica.

SEMINÁRIOS SEMESTRAIS DE CURADORIA

14 de agosto de 2008 (quinta-feira)

14h30 – 18h - Local: Sala 207

Abertura, 14h30 – 16h, Adriano Pedrosa, por Lisette Lagnado: Conferência dialógica

Intervalo (preparação das perguntas à mesa), 16h – 16h30

Debate com o público, 16h30 – 17h30

Encerramento previsto até às 18h.

Local: Faculdade Santa Marcelina

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Abertura Catapulta - NOVOS TERRITÓRIOS!

Na última terça, dia 15 de Julho, tivemos a abertura da nova exposição do Projeto Catapulta - NOVOS TERRITÓRIOS no SESC- PARANAGUÁ. Inclusive já está no hotsite do Sesc:
www.sescpr.com.br

A montagem contou com a valiosa colaboração da equipe do SESC; o contato com essa turma nos ensinou muito acerca do trabalho de equipe e competência profissional, mas o principal mesmo foi o carinho com que nos cercaram! Valeu pessoal...não existem palavras que possam expressar nossa gratidão e amizade por todos \o/\o/\o/

Em breve colocaremos todas as fotos por aqui, aguardem! por enquanto fiquem com uma parte do pessoal do SESC e a turma da Catapulta:

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Os artistas e suas dificuldades...

Um amigo me enviou o recorte abaixo, não é uma notícia nova, mas exemplifica bem as dificuldades que muitos encontram para expor seus trabalhos e a maneira muito criativa que estão encontrando para driblar esses problemas. O que vc acha?

Estratégias para chegar ao público

Mercado restrito leva artistas a criarem canais alternativos de divulgação e venda dos seus trabalhos

Camila Molina

Transformar a própria casa em galeria ou reunir grupos de artistas para que façam de seus ateliês espaços alternativos com cursos, salas expositivas e local para venda de obras não é novidade, mas são algumas das estratégias necessárias, já que o fechado circuito artístico de São Paulo não dá conta de tantos criadores que querem, de forma legítima, viver de sua produção. ''Os critérios do sistema não são claros. Visito há anos ateliês de artistas e compartilho da dificuldade deles'', diz Katia Canton, curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP e de projetos independentes, além de escritora. ''Um ateliê não consegue ser auto-sustentável apenas com cursos'', diz ainda Katia, que participou da criação do Círculo 3 Espaço de Arte, na Vila Madalena, coordenado pela artista Regina Carmona. Instalado na casa onde já ocorriam as atividades do Atelier Piratininga, que tem 15 anos de trajetória (9 deles no endereço atual na Rua Fradique Coutinho), o Círculo 3 é formado pelos integrantes desse grupo de gravadores, coordenado por Ernesto Bonato, como também os do Espaço Coringa e do Estúdio Diálogo de design. O Círculo 3, enfim, não é apenas uma sala para expor trabalhos, mas um agente de atividades cooperativas em que os artistas são os proponentes.

''O Atelier Piratininga já existia havia bastante tempo. Então, pensamos: por que não fazer uma galeria no espaço?'', conta Regina. De uma conversa entre amigos, entre os artistas e a curadora Katia Canton, surgiu então, no fim do ano passado, a vontade de criar o Círculo 3. As atividades do espaço colaborativo foram iniciadas em janeiro e, em março, foi inaugurada a exposição Perto dos Olhos, com curadoria de Katia. ''Entrei para ajudar a dar uma identidade ao espaço. Depois, eles mesmos dariam seus próprios passos'', conta a curadora. Para falar de identidade do Círculo 3, deve-se levar em conta o fato de o espaço ser pequeno e convidativo para promover a ''proximidade'', entre artistas e público; ser abrigado em ''um lugar privilegiado, em frente da Livraria da Vila''; e ter como fonte principal o gênero da gravura em ''suas variações contemporâneas'', enumera Katia.

A mostra Perto dos Olhos teve também programação de visitas guiadas e de conversas com artistas aos sábados. Como parte desse projeto inicial, a curadora propôs uma trilogia de mostras com a rede de artistas do Círculo 3: Perto dos Olhos, Perto das Mãos e Perto da Fala. O projeto, segundo Regina, foi inscrito na Lei Rouanet, mas ainda espera aprovação. A mostra Perto dos Olhos já está itinerando - está em Araraquara e depois segue para São Carlos. Além disso, o Círculo 3 vai dando seus passos com uma programação de mostras - a próxima, Entretira, será aberta em agosto - e uma série de atividades e cursos que podem s consultados no blog atelierpiratininga.blogspot.com. ''Tá difícil ainda ter retorno com vendas das obras, mas estamos começando'', diz Regina - é possível encontrar obras de grande qualidade por preços que variam de R$ 200 e R$ 1,5 mil cada uma.

O Ateliê 397, na Rua Wisard, também se divide entre produção e exposição. O ateliê foi aberto no fim de 2003 como estúdio dos artistas Rafael Campos Rocha, Silvia Jábali e Bruna Costa - formado por duas casas, tem o corredor que as liga transformado em espaço expositivo para artistas convidados ou que fazem contato pelo site do ateliê (www.atelie397.com). ''A idéia sempre foi esse, ser um local de exposições em caráter experimental, a céu aberto'', diz Silvia, que desde 2006 comanda o ateliê ao lado de Marcelo Comparini. ''Sempre sentimos a dificuldade de acesso de artistas'', afirma Silvia. Como ela conta, sempre tudo está à venda no local. ''Colocamos apenas 30% para a gente e não cobramos nada para expor.''

PAREDE DE ALUGUEL

A provocação da Xiclet, que desde 2001 transformou sua casa em galeria, já se tornou até mesmo parte do circuito artístico ao fazer a brincadeira da contraposição entre ''os ricos e pobres'' do sistema - por exemplo, já são esperadas as mostras realizadas no local, paralelamente às edições da Bienal de São Paulo, com títulos paródicos ao grande evento (a deste ano, em outubro, vai se chamar Bienal Tô Cheia. ''Institucionalizaram a gente, sem que a gente tenha mudado nada do nosso funcionamento '', diz a artista capixaba, ex-monitora de exposições. Ela cita que agora até perde a conta de quantas vezes a Casa da Xiclet aparece na mídia e ainda lista nomes de curadores, colecionadores e ''olheiros'' que volta e outra aparecem na galeria. ''É fácil comprar obra em galeria grande, porque é tudo grife. Já para comprar aqui, tem de conhecer'', diz a Xiclet - lá há de tudo.

Assim, a Casa da Xiclet é apenas um espaço para a divulgação dos trabalhos de artistas que se inscrevem pela internet para lá exporem ou são indicados por amigos. ''Tem obra que eu nem gosto, mas exponho. Não estou para julgar, mas para dar um espaço organizado e de divulgação'', afirma.

Na casa dela, todos os espaços são expositivos - seu quarto de dormir, o jardim, todas as paredes possíveis. ''A casa é minha obra'', diz ainda a artista, que também expõe suas criações. Para manter a iniciativa e sobreviver, há amigos que colaboram com a casa e há uma lista de preços para os artistas alugarem os espaços. ''Cada parede tem um valor.'' Um pedaço da sala de estar pode custar R$ 400 ou uma sala inteira, como a que a turma da recém-inaugurada mostra SER Urbano (o trabalho também pode ser visto no blog serurbano.mao.art.br) usa, sai por R$ 2 mil.

Já no E.D.E.Nº 343, espaço de cursos coordenado por Tania Rivitti e Juliana Monachesi, juntaram-se agora, com a mostra Intimidade Pública, as vontades de se oferecer um local expositivo com o de proporcionar a aspirantes a curadores a oportunidade de montarem uma mostra. A exposição com obras de 16 artistas (destaque para Flávia Sammarone) é fruto do trabalho dos alunos do curso Reflexões Sobre a Prática de Curadoria.


Serviço

Círculo 3 Espaço de Arte.Rua Fradique Coutinho, 934, tels. 3578-5212 e 3869.9785 . 2.ª a 6.ª, 14 h às 18 h; sáb., 14 h às 16 h (confirmar antes). Em cartaz: Gráficas - Cuba e Brasil. Até 20/7

Casa da Xiclet. Rua Fradique Coutinho, 1.855, tel. 8420-8550. 2.ª a 6.ª, 10 h às 20 h; sáb., dom. e feriados, 14 h às 18 h. Em cartaz: SER Urbano, Sem-Título, na Sala de Estar e Felipe Dib Adonis. Até 7/8

Ateliê 397. Rua Wisard, 397, tel. 3034- 2132. 2.ª a 6.ª, 13 h às 19 h. Em cartaz: Equal, de Daniel Steegmann. Até 18/7

E.D.E.Nº 343. Rua Lisboa, 285, tel. 3063-2299. 2.ª a sáb., 10 h às 18 h. Em cartaz: Intimidade Pública. Até 26/7


Ronaldo B M

quarta-feira, 9 de julho de 2008

EXPOSIÇÃO NO SESC


A Sally estará expondo no SESC da Esquina de 09/07 (hoje!!!) junto com a Iriana. Não deixem de ir vai ser um sucesso!! \o/\o/

O texto foi elaborado pela prof. Consuelo Schlichta, leiam vale a pena!

terça-feira, 8 de julho de 2008

SESC Paranaguá - Novos Territórios



A Exposição Novos Territórios é a atual proposta do Projeto Catapulta idealizado pelas artistas-docentes Consuelo Schlichta e Marília Diaz. Realizou, desde 2006, exposições no Departamento de Artes da UFPR e Museu Alfredo Andersen em Curitiba e no Centro Cultural de Ponta Grossa. O conjunto de artistas pesquisadores alunos-docentes firma-se com a continuidade de alguns e modifica-se com aqueles que chegam. Nesse caminho de renovações e permanências os trabalhos dessa edição são resultantes do desenvolvimento, do pensar e do repensar, da alteração e da continuidade de reflexões e propostas poéticas anteriores.

Mantendo seu objetivo central, o Projeto Catapulta procura nessa edição manter e ampliar a intenção de lançar idéias e imagens, construindo, junto ao público, territórios abertos à reflexão sobre a produção da arte e seu ensino. Resulta em um novo momento expositivo, catapultado para outros territórios, em um exercício de maturação das poéticas pessoais e da prática das ações de curadoria, montagem e mediação.

Agora é o SESC Paranaguá que se apresenta como novo espaço de conquista para estes artistas que abordam, em um processo de construção e reconstrução reflexiva, variadas questões a partir de poéticas singulares. Evidencia-se um diálogo entre as linguagens artísticas que, tratadas em universos temáticos, envolvem questões múltiplas e transitam em vias que vão da memória ao corpo, da operação conceitual ao lúdico, da discussão sobre identidade e construção social às visualidades contemporâneas. Discursos articulados que se entretecem delineando um espaço poético múltiplo e discorrem acerca das diversas instâncias da arte.

CicatrizAÇÃO


Cicatrizes, gravuras no corpo impressas pela vida. Marcas investigadoras de humanidade, a perpetuar em cada um de nós vestígios de uma trajetória pessoal... As cicatrizes da cidade não deixam de ser, em última instância, as cicatrizes do próprio homem.
Dulce Osinski
A nossa colega artista Iriana Vezzani estará expondo no Hall do Sesc da Esquina de 09/07 a 02/09, abrindo a exposição quarta-feira dia 09 de julho às 19h.

Catapulta II




Catapulta II foi um desdobramento do Projeto Exposição Catapulta idealizado pelas artistas-docentes Consuelo Schlichta e Marília Diaz. O novo conjunto de artistas reúne 16 pesquisadores-alunos-docentes, oriundos da Exposição Catapulta e da Em Obras, realizadas em Curitiba, respectivamente no Museu Alfredo Andersen, em 2007/2008 e no Deartes – UFPR, em 2008.

Nesta versão procuramos manter e ampliar nossa intenção de lançar idéias e imagens, construindo, junto ao público, territórios abertos à reflexão sobre a produção da arte e seu ensino. Resulta em um novo projeto exposição, catapultando para além dos muros da universidade, em exercício de maturação das poéticas pessoais, da prática das ações de curadoria, montagem e mediação.

EM OBRAS


A exposição EM OBRAS ocorreu em março de 2008 no DeArtes com a intenção de reinaugurar a sala de exposição. Os trabalhos realizados dentro da Universidade partiram, em sua maioria, propostas de diversas disciplinas do curso.

Foi um esforço coletivo – onde aprendizes e mestres trocaram, dialogaram e repartiram experiências a cada fase desta construção – tal projeto revela-se como processo. Esta exposição foi um marco para cada um dos participantes – expositores, curadores, orientadores e, esperamos, espectadores – nos caminhos do aprendizado e do fazer reflexivo.

A interação entre teoria e prática no espaço acadêmico, e para fora deste, se dá por formas diversas. Respeitando-se as especificidades do campo de artes, este projeto é um exercício de maturação de cada uma das poéticas pessoais que, corajosamente abrem-se ao público em busca de uma devolutiva, assim como da própria prática das ações de curadoria e montagem estabelecidas.

Museu Alfredo Andersen


A Exposição CATAPULTA foi pensada a partir do ato de lançar idéias, conceitos, imagens e processos construindo, junto ao público, territórios abertos à reflexão sobre o a produção da arte e seu ensino, conseqüentemente, um projeto-exposição lançado para além dos muros da universidade. Assim como o Departamento de Artes da UFPR, a casa de Alfredo Andersen, hoje museu-escola, é palco de discussões, embates críticos e espaço que estimula diversas linguagens artísticas. As ações propostas visam a atuação, para além de uma simples exposição, na perspectiva de que se supere a visão, modelada no senso comum, de fazer artístico para minoria de apreciadores.

O intuito da Catapulta é o de construir espaços expositivos para nossos alunos, em parcerias institucionais, e o de oportunizar a participação de educadores, sobretudo da rede pública, em processos de formação continuada no ensino da arte. Também visamos à ampliação dos vínculos da Universidade com a comunidade em geral reafirmando nossa vocação extensionista. O duplo papel educador-artista construído na formação em arte tem propiciado resultados expressivos no campo teórico-prático que não podem ficar circunscritos à sala de aula unicamente aos alunos do Departamento de Artes da UFPR.

Cidadeincluída


Tal exposição foi fruto das pesquisas realizadas em diversas disciplinas durante o ano no curso. Sob o prisma de diferentes olhares, uma indagação sobre o que se apresenta e se representa a cidade. Longe de querer resolver suas contradições, os jovens artistas, estudantes de terceiro e quarto anos do Curso de Educação Artística, antes nos chamam a difícil arte de olhar a cidade, para além do que se vê, ali onde algo de invisível se guarda. Cidadeincluída, assim se intitula a exposição. Esta é uma palavra chave. Quando desdobrada surgem outras três palavras: cidade, ida, incluída.

A exposição foi um indício que proporcionou o surgimento e idealização do Projeto Exposição Catapulta pelas docentes Marília Diaz e Consuelo A. B. D. Schlichta.

Início


PROJETO

CATAPULTA

Catapulta. Engenho de guerra usado na Antiguidade para lançar pedras ou dardos de grande tamanho contra tropas ou fortificações inimigas. Engenho usado para auxiliar aviões, por exemplo, a levantarem vôo num espaço muito pequeno.

Catapultar. Lançar por meio de catapulta. Elevar, promover.

A proposta em razão das pesquisas realizadas tanto pelos artistas-docentes quanto pelos estudantes do Departamento de Artes, da UFPR. O objetivo primeiro é trazer à luz uma discussão que, muitas vezes, permanece encerrada nos muros das instituições acadêmicas: rever e desmistificar velhos conceitos e, ainda hoje, pré-conceitos implícitos na expressão artista e/ou educador.

As docentes Marília Diaz e Consuelo A. B. D. Schlichta, da Universidade Federal do Paraná, propõem um conjunto de ações denominado: Catapulta. Numa tentativa de ir além da simples proposta de uma exposição e, considerando a relevância da participação dos estudantes do Curso de Educação Artística na montagem da exposição, no exercício de curadoria e monitoria, Catapulta é a maneira que encontramos de atuar na perspectiva da superação da visão, modelada no senso comum, de que o fazer artístico é para poucos talentosos e que o conhecimento necessário, à grande maioria, restringe-se ao domínio do saber elementar: a leitura, a escrita, a matemática. Nosso intuito, em segundo lugar, é criar espaços de acesso à arte para alunos e oportunizar a participação de professores, sobretudo, da rede pública de ensino, em processos de formação continuada. Por último, ampliar os vínculos da Universidade com a comunidade, por meio de parcerias com espaços culturais.

Tendo em vista os objetivos propostos, o presente projeto será desenvolvido articulando-se quatro ações:

  • Curadoria
  • Exposição
  • Monitoria
  • Produção e difusão de Catálogos e Cadernos de Arte

O projeto reúne um conjunto de artistas que aborda variadas questões a partir de resoluções poéticas singulares, articuladas nas mais múltiplas linguagens artísticas contemporâneas. Esculturas, desenhos, objetos e intervenções são trabalhados em universos temáticos que envolvem questões múltiplas, transitando em vias que vão da memória ao coração; da operação conceitual ao lúdico; de questões de identidade e construção social a reflexões acerca da sociedade de consumo. Os trabalhos evidenciam a pluralidade de meios e de discussões abarcados pela arte do presente, demonstrando como se desenham sutis reflexões e posicionamentos a respeito da sociedade e seus modos de ser e operar. Nota-se ainda que o coletivo dos trabalhos apresenta como característica a materialidade: objetos, esculturas, desenhos e intervenções entretecem-se, delineando um espaço poético múltiplo que discorre acerca das diversas instâncias de ser.

Até o momento o projeto realizou cerca de quatro exposições, duas no Departamento de Artes –UFPR e mais duas em espaços culturais, Museu Alfredo Andersen em Curitiba e o Centro Cultural Cidade de Ponta Grossa.